Bem Vindo ao Amor - Capitulo 10

NARRADO PELA ROBERTA
Os meninos descobriram um porão abandonado na escola. Nós 6 eramos os únicos que sabiam daquele lugar. Ia servir como um refúgio, uma trégua do mundo lá de cima.
No porão havia alguns instrumentos musicais. Nós gostamavamos muito de tocar e cantar. Decidimos começar uma banda. Aquele seria nosso local de ensaio, mas nós tinhamos que tomar muito cuidado. O Diretor Jonas não aceitava aquilo no colégio. Todo mundo topou, aquilo seria o nosso segredo.
Tava ficando tarde, decidimos subir para os quartos.
Cheguei no meu quarto, tomei banho e deitei, mas não conseguia dormir. Virava de um lado para o outro, mas o sono não vinha. Decidi dar um passeio no jardim, era tarde, todos deviam estar dormindo.
Estava andando tranquilamente pelo jardim, a lua estava linda e brilhante. Eu fiquei admirando a paisagem e nem estava prestando atenção para ver por onde eu andava. Até que tropecei em alguma coisa… em uma perna… adivinha de quem?

NARRADO PELO DIEGO

Todos subiram para os quartos, mas eu não estava com um pingo de sono de sono, tomei banho e estava saindo do quarto, quando o Pedro perguntou:
- Ei, Diego! Tá indo pra onde, cara?
- Vou dar um passeio no jardim, tô sem sono… - Eu disse
- E se o diretor te ver ??
- Relaxa, ele não vai me ver não.
- E se ele aparecer aqui ?
- Ô Pedro, desencana cara. Já é tarde, ele deve estar dormindo. E se ele aparecer aqui, fala que eu tô no banheiro tá? Tchau
Se ele disse mais alguma coisa, eu não escutei. Aquilo tava um tédio e eu não tava nem um pouco a fim de ficar me virando na cama, até o sono chegar.
A lua estava linda, sentei na frente de uma árvore, dava pra ver a lua direitinho do lugar onde eu estava.
Fiquei olhando a paisagem e nem me dei conta de que minha perna estava esticada. De repente senti alguém tropeçando na minha perna. Não sabia quem era, mas, é lógico, fui ajudar.
- AIII - ouvi alguém falar
Adivinha quem tinha tropeçado em mim?
Roberta Messi, a loirinha de olhos lindos que vivia implicando comigo.
- Eu tô bem, coisa insuportável. Mas da proxima vez vê se presta atenção aonde você coloca a sua perninha tá? - Ela disse com tom sarcástico
- Ô garota, você que não presta atenção onde pisa.
- Ah, Jura? Se você ainda não percebeu, tá escuro aqui. Não dá pra mim ficar prestando atenção no lugar que sua perna está, coisa chata. - Ela disse brava
Ela ficava linda quando estava brava… Fazia bico, aquele biquinho lindo.
- Ta bom, ta bom… Nem vou ficar descutindo com você… Tava sem sono? - Perguntei
- Tava… Você também? - Ela perguntou
- Ahaam. Senta aqui comigo…
- Se você não tentar me machucar…
- Facilita, vai ?
- Ok, Ok
A gente começou a conversar. Ela fazia pose de menina má as vezes, mas eu sabia que ela tava gostando de ficar ali comigo. Na frente da árvore onde estavamos sentados havia um lago. Vimos algo na agua, parecia um pássaro. Levantamos para ver melhor, nos aproximamamos do lago mas estava muito escuro, não dava pra ver direito. Fomos nos inclinando para ver melhor, aí escorregamos e caímos no lago. A água estava muito fria.
Eu travei meu olhos no rosto dela, mas especificamente, nos olhos dela. Ela também olhava pra mim. Meu coração batia rápido. Foi como na primeira vez que nossos olhares se encontraram.
Ela tentou fugir, parecia que estava com medo do que iria acontecer. Peguei-a pelo braço e falei:
- Não foge não.
- Fugir de que? - Ela disse
- Disso
Puxei ela pela cintura, não podia perder essa chance, não podia deixa-la ir. Ela também queria aquilo, eu sabia que ela queria. Estavamos a centimetros de distância, podia sentir sua respiração. Ela colocou a mão na minha nuca e começou a passar a unha, aquilo me provocava arrepios.

NARRADO PELA ROBERTA

Nós caímos no lago tentando ver um pássaro na água, que estava muito fria. Quando me dei conta, estava com os olhos fixos nos olhos de Diego. Ele também olhava pra mim. Tentei sair dali, mas aí ele disse pra mim não fugir, eu retruquei, mas ele me puxou pela cintura, etavamos muito perto um do outro, conseguia sentir a batida do coração dele, batia rápido, na mesma sintonia do meu.
Nossos lábios iam se tocar, quando ouvimos o Arthur se aproximar. Descobrimos que ele falava sozinho.
Era proibido beijar no colégio. Se o diretor pegasse, iamos ser expulsos.
Mergulhamos o mais fundo possivel, pro Arthur não nos ver. Ele passou. Saí correndo pro meu quarto. Não sei se o Diego ficou lá. Corri sem olhar pra trás.

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