-Lua.. - Falou
-Hum? - Não conseguia falar nada, meus olhos fixados no seus..-Eu quero muito fazer uma coisa..Mais eu tenho medo de você gritar comigo de novo..- Falou com um leve sorriso nos lábios tão próximos aos meus..
-Se for o que eu estou pensando eu não vou..- Falei hipnotizada.
Ele não falou mais nada. Não precisava ser dito mais nada. Sua mão apertou a minha. E logo a distância entre nossos lábios foi nada.
O frio da rocha em minha pele foi esquecida totalmente, seus lábios estavam finalmente juntos aos meus, e com isso nada mais era necessário!
Depois de alguns minutos, terminamos o beijo com um selinho. Eu não sabia mais o que falar, um frio congelante ainda se instalava em minha barriga. Eu me sentia estranhamente bem, como se eu estivesse esperado por aquilo a minha vida toda!
-Ual! - Brincou deitando a cabeça na rocha de novo (assim como eu) e olhando para o céu estrelado. Minha respiração ainda estava descompensada, assim como meus batimentos, parecia que eu explodiria por sentir tantas sensações naquele único beijo.
-Eu queria que todas as noites da minha vida fossem assim..- Falei ainda tentando voltar a lucidez.
-Assim como? - Falou carinhoso
-Assim..Com uma pessoa pra conversar, falar besteiras, pra ser meu refúgio..
-Eu quero ficar perto de você, desde que ti vi naquele sorteio..- Me encarou, e foi como se todos meus esforços de voltar a lucidez fossem em vão. Jogados ao vento como algo que "não foi".
-Então..Só fique..- Falei apenas. Sorri apertando sua mão entrelassada na minha. E assim mais um beijo. Mais um carinho. E mais uma surpresa, como aquele estranho conhecido de um dia..Consegue tantas e diferentes emoções em mim!?
Nessa noite, deixei uma outra "eu" me tomar, a "eu" que precisava dar e receber carinho, uma "eu" que queria tocar e ser tocada. Uma "eu" a tanto tempo esquecida dentro de mim mesma..Uma "Eu"..Que simplismente queria apreciar cada instante ao lado "dele".
[...]
Na manhã seguinte, quando acordei em minha cama, foi como se tivesse voltado de outra dimenção. Eu me sentia estranha, mais não um estranho ruim, e sim um estranho bom de se sentir. A quanto tempo não tinha tinha um carinho na mão, um olhar sincero, um beijo leve com alguém?!
Arthur dormia em sua cama, com uma respiração leve..Me levantei sorridente até sua cama. Por um segundo pensei em toca-lo, acorda-lo..Mais então a "Lua Insegura" voltou a tona, depois do nossos beijos ontem..O que somos? Dois estranhos que se beijaram? Conhecidos? Colegas? Ou "nada" ?
Continua..
Evellen Lopes
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