Capítulo Único - Apenas Um Lance

Créditos á devidas autoras: Manuella Lovelast - Emilly Coutinho
Blog: Nada Pode Nos Parar.


. Sinopse: Contanto que todos vissem que ela era perfeita, namorada do popular, estava tudo bem pra ela. Nada de se importar com meus sentimentos. Nada de exibir o 'líder do club de xadrez' por aí. Mas eu cansei disso...

Arthur POV.
Estávamos eu e Lua em meu quarto, especificamente em minha cama, abraçados. Ela estava aconchegada em meus braços e eu acariciava seus cabelos.
Ela olhou-me ao perceber meu olhar fixo nela e sorriu, mostrando seus dentes brancos e alinhados.
– Está me olhando como um bobo. – ela disse risonha, acariciando meu rosto e olhando-me nos olhos.
– Perto de você fico bobo – disse sorridente, puxando seu rosto para perto do meu, roçando nossos lábios. Estava pronto para beijá-la quando seu celular tocou. Bufei e ela riu, o pegando em cima de minha escrivaninha e o atendendo.
– Hum, oi amor – ela começou, de fato seria seu namoradinho corno. – estou na casa de uma amiga, ninguém em especial, posso sim... – ela falava sorridente. Revirei os olhos e comecei a me vestir logo. – Ok, até logo! – ela desligou.
Terminei de abotoar minha bermuda e a olhei. – O que ele queria?
– Me encontrar! – ela disse simples, vestindo sua regata. – Tenho que ir, nos vemos amanhã?
– Se você não for passar a noite com o seu ‘namorado’... – comentei irônico. Lua bufou.
– Já conversamos sobre isto Arthur!
Levantei-me, vestindo minha camisa. – Como é possível Lua?! Faço de tudo por você, te dou o que você quer, já me declarei umas milhões vezes, você também e ainda insiste em continuar namorando ele! – suspirei.
– Arthur eu preciso manter a imagem de pop! – ela disse como se fosse obvio. – Ou esqueceu que Renan é o capitão do time de futebol do colégio, e eu sou a capitã do time de torcida de lá. E todos esperam que nós fiquemos juntos ué, é como uma lei. – ela sorriu levantando-se já vestida. – Ninguém espera que eu, Lua Maria Blanco de Andrade, a garota mais popular do colégio, capitã do time de torcida fique com o cara que comanda aquela gentinha do grupo dos ‘loucos por xadrez” – ela disse mesquinha. Argh! Isso era uma da coisas que eu odiava em Lua. Seu jeito fútil, de ser.
– ‘Aquela gentinha’ Lua são os meus amigos. – disse sem a encarar. – Acho que não sou bom o suficiente para você não é? – caminhei até a porta. – E bom, andar com o carinha que comanda o grupo dos ‘loucos por xadrez’ acabaria com a sua imagem no colégio, é melhor ficar apenas com Renan. – abri a porta e a olhei. – Acabou. O que tínhamos, ou eu achava que tínhamos, acabou.
– Arthur voc... – ela dizia chorosa.
A cortei. – Vai embora Lua! – comecei me alterando. – Seu namorado está a sua espera. – ela suspirou e pegou sua bolsa, passando por mim em silencio. Olhou para mim com lagrimas nos olhos e saiu. Escada a baixo rumo a rua.
Bati a porta fortemente e joguei-me a cama, suspirando derrotado. Meus olhos queimavam, indícios que logo explodiria em lagrimas. E assim foi feito.
Era mais forte que eu. Eu a amava, e ela não ligava. Era só mais um lancinho para ela. Não significava nada.

**
Estava no intervalo, sentado em baixo de um carvalho no jardim do colégio. Não havia visto Lua o dia inteiro. Melanie, minha melhor amiga estava ao meu lado tentando em consolar.
– Eu sempre lhe disse que aquela patricinha só te faria mal Arthur – ela disse arrancando a grama do chão. – Agora é bola para frente meu amigo, tu é gatão, é inteligente, é legal, é gostoso e nós vamos arrumar uma garota para ti. – ela disse confiante.
A ignorei. Não queria conversar, não queria aturar a ironia e o bom humor de Mel, não naquele dia. O sino tocou, eu e Mel levantamos e caminhamos para dentro do prédio, mais fomos interrompidos por um grupo de meninas, três na verdade.
– Hum, você deve ser o Arthur. – ela disse olhando-me e logo rindo para as outras duas amigas.
– Sim. – disse sem me importar. – O que vocês querem?
– Sabe Arthur – outra delas começou. – darei uma festa está noite e você está convidado. – ela disse me dando um papel, peguei o papel e o coloquei no bolso, sem o olhar.
– Só que irá levar ninguém – a outra começou. – é uma festinha, hum, particular. Digamos que é eu, você, Ariane e Julia. – ela disse rindo paras as amigas e me olhando com um sorriso malicioso no rosto.
Tá, é claro que havia sacado as intenções delas e Mel também. – Ok, putinhas de esquina – Mel começou, metendo a mão no meu bolso, pegando o papel que elas haviam me dando e rasgando em vários pedaços. – Podem vazar que o Arthur não é desses, mais se quiserem sair daqui com a cara deformada podem ficar e prosseguir. – ela disse sarcástica empurrando uma delas e puxando-me para os corredores.
Mel e seu gênio forte. Adentramos o laboratório de química e sentamos em nossa mesa, Chay e Sophia estavam sentados a nossa frente e logo se viraram para trás.
– Já sabem da maior?! – Sophia começou sorrindo sapeca.
– Não, o que aconteceu? – Mel indagou a olhando. – Ah já sei, descobriram finalmente que a professora de educação física da galera do primeiro ano dá pros alunos do terceiro?! – palpitou ela. Arrancando risadas de Chay e Soph, e de mim, é obvio.
– Não, tolinha – Soph revirou os olhos. – A incrível Maria Blanco terminou com o engomado do Renan. – ela disse. Opa, isso era musica para os meus ouvidos.
– COMO É QUE É?! – berrei, todos da sala nos olharam, argh!
– É isso ai molecão – Chay mencionou pela primeira vez. – Ninguém sabe o real motivo, mais dizem que a Sol que terminou com ele.
– É Lua Chay, não Sol – murmurei. Mais por quê?! Porque Lua havia terminado com o engomado?!
Suspirei, o professor entrou e começou a dar sua aula.
Não prestei atenção na aula, Mel fez as lições sozinha, pois meu pensamento estava longe.
Ao fim daquele dia fui para casa, ainda com o pensamento no termino do casal 20 do colégio. Adentrei minha casa, minha mãe não estava, estava no trabalho é claro. Joguei meus cadernos no sofá e subi as escadas rumo ao meu quarto. Abri a porta do mesmo e assustei-me.
Lua estava sentada em minha cama, me olhando sorridente. Estava linda. Hum, perfeita na verdade.
– O que faz aqui? – indaguei confuso.
– Vim pegar o que é meu. – ela levantou e sorriu.
– Esqueceu algo aqui ontem? – indaguei sem entender. – Pegue logo e saia daqui.
– Sim Thur – ela se aproximou, tocou meu rosto e sorriu lindamente. – Eu vim aqui, lhe pedir desculpa e dizer que eu sou uma anta, burra, idiota e dizer que eu te amo. E eu quero você Aguiar. – ela beijou-me delicadamente, suas mãos acariciavam meu rosto e eu estava ali. Parado, sendo beijado sem saber o que fazer.
Correspondi o beijo, logicamente, e a puxei para mim. Eu precisava dela, eu a amava, ela minha amava e ela era minha.
Nos
afastamos ofegantes. – Hum, o que você quer dizer com tudo isso? – indaguei.
– Quero lhe dizer que terminei com o Renan, por que te amo. Porque você é o
cara perfeito pra mim e porque eu quero te namorar e não me importo sobre o que
vão pensar de mim, também não me importo em deixar de ser popular – ela sorriu
e acariciou meu rosto, continuando. – O importante é que estou com você, e
estou feliz. Isso é o que importa, príncipe. – ela disse sorridente. Não pode
evitar o sorriso ao ouvir aquelas palavras.

Fui até minha escrivaninha, abri uma das gavetas tirando de lá uma caixinha de
veludo, voltando até Lua. Ajoelhei-me ao me aproximar dela. Abri a caixinha de
veludo, deixando com que o anel com uma perola rosa surgisse dentro da caixa.

– Me namora? – indaguei a olhando nos olhos. Seus olhos marejaram.
– V-você já pretendia me pedir em... – a cortei.
– Lua Maria Blanco de Andrade, você aceitar ser minha namorada? Aceita ser
minha princesa? – indaguei novamente.
– Eu aceito ser sua namorada Arthur Bandeira Queiroga de Aguiar, aceito ser sua
princesa. – ela disse puxando-me para cima, coloquei o anel em seu dedo e tomei
seus lábios com delicadeza.

Pelo jeito, o que era apenas um lance e diversão pra ela se tornou maior,
melhor, mais forte. Se tornou amor, e eu realmente queria aproveitar essemomento como se fosse o último da minha vida.

Evellen Lopes
Créditos: Nada Pode Nos Parar

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